11.04.2004

Mãos frias e pingo no nariz

e mesmo assim, só me apetece estar na praia. Não é um dia particularmente melancólico nem triste, simplesmente reflicto sobre as perspectivas em termos de remuneração do meu primeiro emprego. Já o Lucas, quando começou a trabalhar, contava-nos à volta de uma mesa com gelados as horribilidades que advinham com os recibos verdes. Lembro-me dessas tardes em que a teoria era discutida entre piadas e gargalhadas e eu descansava-o com o cliché conclusivo da conformação "ao menos ganhas, não é?". Pois, ao menos ganhava... mas hoje ao olhar para aquele encolher de ombros que o Lucas fazia reagindo às minhas palavras, e baixando os olhos para o que eu vou ganhar após 18 anos de estudo, o discurso dele parece-me muito mais coerente. Contento-me em pensar que é apenas o primeiro emprego. É. Insisto em olhar para o horizonte.
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