11.16.2004

Excerto número um

"...ficava nervoso só de pensar nisso. Não era a primeira vez que ele o fazia mas há algum tempo que ele não caminhava aquela milha extra por ela. Afinal, já tinha corrido maratonas e até mesmo chegado em primeiro, mas nunca tinha visto o pódio. Andava há algum tempo a tentar distrair-se do facto de que estava sozinho. Sentia-se capaz de fazer pelo trabalho coisas que agora nunca faria por amor. Talvez porque o trabalho nunca o decepcionava, nunca o recusava, nunca o fazia sentir-se mal. Tinha encontrado agora uma amante que o envolvia completamente. Em conversas, almoços, noitadas, promessas, (até em sonhos), e ainda cuidava dele recompensando-o financeiramente ao fim do mês. Deus reprova a prostituição, mas talvez não se importasse com esta relação platónica..."
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